A melancolia é iminente para quem precisa da terra. Preciso do barro para me sentir viva, pois o concreto da cidade reflete um calor tóxico com pitadas de insciência.
Existe algo de sensível ao anoitecer que instiga. Pulsante é o céu avermelhado que hoje relaciono com o calor de seu rosto.
O vento frio de Oyá que vibra a porta da sacada, corta seco, corta pele e nos convida para o aconchego. Brissa que percorre toda a casa propondo o alento. O amarelo beirando o marrom reflete a saudade de estar com os meus e por isso coloquei um punhado de terra na sacada para ficar com a sensação de felicidade.
31/03